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Mostrando postagens de 2014

Nicki Minaj, 'The Pinkprint'

  Nos últimos anos, Nicki Minaj tem chamado atenção de todos não só pelo rap que, para o público, começa a se tornar grande, mas também pela sua beleza física. Minaj conquistou seu público de forma provocante e continua mantendo esta tradição. Talvez seja apenas a forma que Minaj coloca seu público como se fossem marionetes toda vez que ela rebola debochadamente e canta estas letras que fazem apologia à prostituição, sexo e orgias. Eu ainda não consigo ouvir a alma de Minaj, a não ser que esta seja a alma dela.   Minaj tem alguns pontos fortes em The Pinkprint , como em "I Lies": com batidas simples que a cantora narra uma história decepcionante de amor. Não são todas as coisas que beiram ao fracasso, mas me lembro de "Anaconda" – uma ode ao extremo sexual, provocação, prostituição, sexo, órgãos sexuais e orgias – lembrando muito bem como que uma mulher pede para ser diferenciada na luta nas paradas de sucesso com Beyoncé, Lady Gaga, Miley Cyrus – nesse ca

One Direction, 'Four'

  Ouvindo os primeiros minutos de Four , eu me deparo com uma grande dúvida. Pela primeira vez este grupo de cinco garotos colocaram o ceticismo de muitos outros nomes importantes da crítica mundial no lixo. Os primeiros segundos de "Steal My Girl" soam profundo e grandioso, mas a batida o deixa como sempre fora o som desses caras: meticulosamente taxativo. Four , de fato, é um desafio para ser encarado com outros olhos para nós. Batidas eletrônicas sempre estiveram presentes no som do One Direction desde o seu primeiro álbum, Up All Night , de 2011, mas no novo álbum desses britânicos, realmente é impossível acreditar que esse tipo de gênero possa conquistar o mundo, por mais que esteja correspondendo os corações de milhares de adolescentes. Four apresenta canções profundas ("Steal My Girl"), violões apaixonados ("18") e batidas que sempre foram usados em seus discos anteriores. Sinceramente, a mudança ocorreu com estes garotos, que ainda não novos

The Rolling Stones em Porto Alegre?

Os Stones vem ou se trata de um simples boato? Devemos confiar na notícia que o jornal de comunicação do Grupo RBS, Zero Hora, colocou na internet sobre a suposta vinda dos Rolling Stones para Porto Alegre? Seria mágico. Talvez possa ser o sonho de muitos fãs de rock – que poderiam apenas ver estes quatro senhores do gênero no eixo Rio-São Paulo – visto que eles sonham em ver ao vivo a maior banda de rock & roll de todos os tempos em atualidade. Sim, é um sonho porque ainda não está confirmado. Nem o site oficial da banda divulgou uma nota sequer. Sendo tratado como um sonho, para os stonemaníacos restam torcer para que os britânicos venham, de fato, para a capital gaúcha. A última apresentação dos Rolling Stones em solo brasileiro foi em 2006 – na turnê mundial de A Bigger Bang , seu 24º álbum de estúdio que foi lançado em 2005 – na praia de Copacabana, tendo o maior público em um espetáculo do gênero. Até então, a realidade é que a banda voltou às atividades fazendo sho

VM: Os 10 Melhores Álbuns de 2014

A música pop nunca esteve tão radical na história da música fonográfica: com este declínio de vendas, os artistas de renome resolvem lançá-la de diferentes formas, como o U2, que em seu novo trabalho, decidiu lançar no iTunes de graça para audição, o que causou um número pequeno de críticas negativas. Enquanto isso, tivemos o brilhantismo de Bruce Springsteen e Black Keys e a volta da maior banda de rock progressivo de todos os tempos. Foram grandes discos que definiram o ano de forma fantástica.   #1. U2 – Songs of Innocence Com tantas novidades na música pop, o ano tinha que ser do U2, que como sempre volta com algo inovador. Songs of Innocence é a quebra de silêncio de quatro anos desde a sua fusão sonora estilo The Joshua Tree / Achtung! Baby de No Line on the Horizon , de 2010. Depois de uma mega turnê com um palco 360 graus para promover No Line no mundo inteiro, a banda irlandesa esteve descansando por longos quatro anos. Dentro desse período, muita coisa aconteceu: Bo

'The Endless River' é um canto de cisne digno do Pink Floyd e um adeus a Richard Wright

Vinte anos depois, o Pink Floyd volta com um canto de cisne surpreendente e uma grande homenagem a Richard Wright  Agrande volta do Pink Floyd evoca as raízes mais antigas e profundas de seu estilo sonoro, histórico e clássico. The Endless River nada mais é que uma espécie de rock progressivo acima de sua média, contendo canções inéditas guardadas das sessões de The Division Bell , seu último disco lançado em 1994, e que havia rendido a maior turnê mundial da história desta lendária banda londrina. Contudo,  The Endless River  é diferente de qualquer tipo de matérial do Pink Floyd da era Roger Waters e da era David Gilmour. Sua sonoridade se remete a mais violões com ambientes lúdicos feitos pelos teclados do mestre Richard Wright, morto por causa de um câncer em setembro de 2008. Apesar de ser o último álbum da maior banda do rock progressivo, The Endless River marca a despedida oficial de Wright como membro do Pink Floyd. Um grande e épico canto de cisne surpreendente.

Foo Fighters, 'Sonic Highways'

  Desde que o Foo Fighters fora criado por Dave Grohl há 20 anos atrás para tirar o seu vazio com o fim do Nirvana por conta do assassinato de Kurt Cobain, nem Grohl, nem o próprio baterista Taylor Hawkins pensaram que esta banda se tornaria grande e firmada nó rock. Eles foram crescendo baseado nos alicerces no grunge e com ditado vindo do punk. Foi bastante claro que Grohl renasceu das cinzas após morrer musicalmente como baterista do Nirvana, se tornando um novo homem, como um guitarrista desse grande grupo que hoje é o Foo Fighters. E a banda fez grandes discos, como o seu primeiro álbum trazendo o nome da banda em 1994. Até então, eles só cresceram assustadoramente.   Seu antecessor, Wasting Light , dera um grande ânimo e exibicionismo pela fama do grupo. Talvez tenha sido a maior turnê da banda até esse lançamento, inclusive tendo participações especiais nos catálogos de seus shows como a lenda do Led Zeppelin, o guitarrista Jimmy Page. Além disso, deu mais sucessos p

Taylor Swift, '1989'

  Nos primeiros segundos do novo álbum de Taylor Swift – o quinto trabalho de sua carreira, também o mais consistente desde então –, surgem teclados ao velho estilo A-ha do álbum Hunting High and Low , de 1985, e um certo estilo Madonna dos primeiros álbuns nos anos 1980, contendo muitos teclados doces. Por mais que existam batidas eletrônicas, a sua sonoridade herda os momentos mais infalíveis e fantásticos da década de 1980, que é a influência de 1989 : o ano na qual Swift nasceu, mas também colocando a visão de todos que seu novo trabalho foi inspirado através desta época. Vamos voltar ao tempo! Em "Black Space", a sua abordagem soa mais atual, contendo uma profundidade linda e perfeita para a faixa. Swift brinca com a sua voz ideal em meio a muitos coros que estão gravados na música, contrastando com os teclados que deixam o ambiente musical perfeito e solido. Voltando aos anos 1980, eu ouço Madonna e A-ha na voz de Swift no som de "Welcome to New York",

Interpol, 'El Pintor'

Esta banda tem o talento de criar discos de sons conflituosos e caóticos. El Pintor é uma Parede Sonora misturada com o rock britânico levado a sério do Arctic Monkeys, Franz Ferdinand e Muse. As suas 10 faixas soam como mega explosões prontas a entrarem em seus ouvidos. São amplificadores, teclados e órgãos apocalipticos envolvidos em músicas como "All the Rage Back Home", que abre o quinto álbum do power trio americano. Conclusivamente, existem coisas boas aqui, nas quais a guitarra é um ponto forte no conteúdo de sua música. Levando em conta as sonoridades de seus materiais lançados no passado – Turn on the Bright Lights , de 2002, e Antics , de 2004 – El Pintor continua sendo primordial por seu som original e sem imitações. Seu som é limpo, porém é bastante barulhenta em termos de efeitos sonoros. Em "My Desire", os vocais do líder do grupo, Paul Banks, soam completamente abafados como se a canção estivesse tocando em uma rádio antiga, e assim está bem m

Jack White, 'Lazaretto'

Lazaretto – segundo trabalho solo de Jack White – é um esboço muito mais pesado, sujo e andrógino de Jack White: é o que mostra a faixa-título, uma mistura de rock galático-espacial, colocando uma série de distorções à lá Jimi Hendrix em sua guitarra. Blunderbuss era muito mais algo sensível e estranho que se transformou em algo genial, considerando uma estreia solo, mas Lazaretto traz Jack White em um momento de intimidade com "ele mesmo". Contudo, percebo toda a sua sensibilidade às influências que o rodeiam. Tudo completa com canções que só o próprio White seria capaz de criar, misturando uma espécie de doo-wop masculino ("Would You Fight For My Love?") em seu rock & roll. É de se surpreender com tamanha eficiência e equilíbrio. Com tantas coisas malucas que permeiam pelo novo álbum de White, ele canta de forma mórbida, o que parece meio gótico, mas aqui eu me lembro de Jimi Hendrix, e não tem como não se lembrar do mestre que reinventou a forma

U2, 'Songs of Innocence'

Não existe nenhuma banda como o U2. Comercialmente, o nome da banda é uma das propagandas que mais vendem, além de sua música se tornar dinamicamente forte e duradoura ao decorrer dos anos. Songs of Innocence  marcou um novo som, uma nova etapa da banda de Dublin, Irlanda. Eles estão longe de serem aqueles garotinhos que estavam prontos para o underground e tudo o que ouvimos nestas 11 faixas são a mais nova criatividade diferenciada inexistente nos materiais anteriores – contendo um pouco de The Joshua Tree , de 1987, e Achtung! Baby , de 1991 – e voltando aos momentos de descoberta nos anos 1980, com discos como War , de 1983, e The Unforgettable Fire , de 1984. Mas o que mais me chamou atenção foi a sua estranheza, ou melhor, a sua diferenciação sonora. Dentro disso, Songs of Innocence é o primeiro álbum em cinco anos demorados em que a banda esteve parada – dois anos inteiros para completar e elaborar este trabalho. Contudo, o nome do álbum foi tirado de uma coleção de poema

Tom Petty & the Heartbreakers, 'Hypnotic Eye'

Com uma expectativa notável, Tom Petty é um artista que sempre tenta se reinventar. Desde que este americano surgiu em meados dos anos 1970, o rock & roll estava com as atenções voltadas para bandas hard-rock – como o Aerosmith, a agressividade do Kiss e a teatralidade e extravagância do Queen – mas, desde então, sua sonoridade básica foi conquistando aos poucos os americanos. Foram surgindo seus primeiros discos, que foram se destacando, até que entrou nos anos 1990 já consolidado como um grande artista de sucesso que era, e sua vocação isto na qual estava vivendo. Mas o que Hypnotic Eye tem a ver com isto? As onze faixas deste novo material – seu décimo terceiro álbum com os Heartbreakers e o seu primeiro disco em quatro anos – nos fazem voltar ao tempo. A banda ainda consegue se manter ativa com muito poder, atitude e experiência. Esta experiência é um dos fatores importantes nas quais ajudaram Hypnotic Eye a ser um álbum musicalmente competente. E o exemplo está logo no

Julian Casablancas + the Voidz, 'Tyranny'

  Fica bastante claro que Julian Casablancas tenta se reinventar a cada novo álbum – seja em seus projetos solo e com os Strokes, banda que o fez ficar conhecido no indie-rock atual. Mas ele não anda tendo sucesso. Para falar a verdade, Is This It , de 2001, e Angles , de 2010, foram os únicos trabalhos – ambos dos Strokes – que ficaram em grande patamar, e isso fez com que ele arriscasse tudo em diferentes estilos. Por um momento pensei que ele iria fracassar, apesar de ele ser irritante, sua música não é tão ruim assim.     Vamos admitir que Casablancas é um homem perdido completamente. Ele não sabe o que quer, e ele fez de Tyranny – seu primeiro álbum em conjunto com o The Voidz – um chute sem inteligência para ver se ele acerta. O estilo sonoro do álbum soa muito eletrônico e tenta esconder o momento ameno com alguns solos de guitarras – me lembro em apenas uma faixa, "Human Sadness". Contudo, percebo uma certa influência do Daft Punk, principalmente com Random

Lana Del Rey, 'Ultraviolence'

Três anos depois, Lana Del Rey planta a existência de sua carreira com provocação: em seu primeiro álbum, a cantora simplesmente agiu sem experiência no estúdio, o que pode ser compreendido. Mas aqui soa completamente diferente, porque Ultraviolence é o seu segundo disco e o melhor até aqui, na qual, a cantora aborda de uma forma mais competente a sua vida com um tom provocativo – como sempre. Mas tudo que Del Rey já faz começa a se tornar normal para ela. Atualmente, brigar nas paradas com nomes atuais e pouco mais pesados e experientes como Lady Gaga e verdadeiras crianças, como Miley Cyrus, Del Rey já se mostra mais artista que Cyrus. Grande progresso. Voltando um pouco, em  Born to Die , de 2012, foi um estouro para o público, apesar de conter alguns problemas encontrados no decorrer de seu material. Também, a opinião de dois anos atrás também foi mudada avaliando seu segundo álbum, que por sinal, foi um recomeço e um erro admitido de que Del Rey é uma artista competente. De

Queen: Discografia Comentada

Com o fim dos anos 1960 e muitas dúvidas sobre o que estaria sendo guardado para o rock & roll, os Beatles haviam lançado seu último disco, Let It Be (1970), e depois romperam para seguirem carreiras solo. O que esperar pela nova década que chegara com tudo? A Grã-Bretanha viveu um período de reformulação de sua música, e essa mudança foi radical. Gêneros como o glam-rock e o rock progressivo cresciam com intensidade na terra da Rainha, enquanto que os Stones já haviam se considerado a maior banda de rock do mundo inteiro, mas era da geração passada de grandes artistas britânicos como o Who, Beatles e etc.  Inovadores, extravagantes, gêniais, criativos e grandiosos, foi assim que o Queen conquistou o mundo, na base do otimismo. Freddie Mercury, Brian May, Roger Taylor e John Deacon lutaram contra a imprensa da música para conseguirem o que tanto sonhavam: serem famosos. No início da década de 1970, a banda ainda com uma sonoridade altamente influenciada pelo Led Zeppelin