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Mostrando postagens de outubro 12, 2014

Interpol, 'El Pintor'

Esta banda tem o talento de criar discos de sons conflituosos e caóticos. El Pintor é uma Parede Sonora misturada com o rock britânico levado a sério do Arctic Monkeys, Franz Ferdinand e Muse. As suas 10 faixas soam como mega explosões prontas a entrarem em seus ouvidos. São amplificadores, teclados e órgãos apocalipticos envolvidos em músicas como "All the Rage Back Home", que abre o quinto álbum do power trio americano. Conclusivamente, existem coisas boas aqui, nas quais a guitarra é um ponto forte no conteúdo de sua música. Levando em conta as sonoridades de seus materiais lançados no passado – Turn on the Bright Lights , de 2002, e Antics , de 2004 – El Pintor continua sendo primordial por seu som original e sem imitações. Seu som é limpo, porém é bastante barulhenta em termos de efeitos sonoros. Em "My Desire", os vocais do líder do grupo, Paul Banks, soam completamente abafados como se a canção estivesse tocando em uma rádio antiga, e assim está bem m

Jack White, 'Lazaretto'

Lazaretto – segundo trabalho solo de Jack White – é um esboço muito mais pesado, sujo e andrógino de Jack White: é o que mostra a faixa-título, uma mistura de rock galático-espacial, colocando uma série de distorções à lá Jimi Hendrix em sua guitarra. Blunderbuss era muito mais algo sensível e estranho que se transformou em algo genial, considerando uma estreia solo, mas Lazaretto traz Jack White em um momento de intimidade com "ele mesmo". Contudo, percebo toda a sua sensibilidade às influências que o rodeiam. Tudo completa com canções que só o próprio White seria capaz de criar, misturando uma espécie de doo-wop masculino ("Would You Fight For My Love?") em seu rock & roll. É de se surpreender com tamanha eficiência e equilíbrio. Com tantas coisas malucas que permeiam pelo novo álbum de White, ele canta de forma mórbida, o que parece meio gótico, mas aqui eu me lembro de Jimi Hendrix, e não tem como não se lembrar do mestre que reinventou a forma

U2, 'Songs of Innocence'

Não existe nenhuma banda como o U2. Comercialmente, o nome da banda é uma das propagandas que mais vendem, além de sua música se tornar dinamicamente forte e duradoura ao decorrer dos anos. Songs of Innocence  marcou um novo som, uma nova etapa da banda de Dublin, Irlanda. Eles estão longe de serem aqueles garotinhos que estavam prontos para o underground e tudo o que ouvimos nestas 11 faixas são a mais nova criatividade diferenciada inexistente nos materiais anteriores – contendo um pouco de The Joshua Tree , de 1987, e Achtung! Baby , de 1991 – e voltando aos momentos de descoberta nos anos 1980, com discos como War , de 1983, e The Unforgettable Fire , de 1984. Mas o que mais me chamou atenção foi a sua estranheza, ou melhor, a sua diferenciação sonora. Dentro disso, Songs of Innocence é o primeiro álbum em cinco anos demorados em que a banda esteve parada – dois anos inteiros para completar e elaborar este trabalho. Contudo, o nome do álbum foi tirado de uma coleção de poema