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Mostrando postagens de 2004

Brian Wilson, 'Smile'

Nunca é tarde demais para se retomar um projeto parado. Smile nada mais é do que uma obra-prima dos Beach Boys lançada no nome do mentor do grupo californiano, Brian Wilson, o gênio que na metade dos anos 1960, chegou a ser maior que os Beatles. Assim como o mito da morte de Paul McCartney, Smile fazia parte desses mitos que nunca seriam solucionados. Um mito a menos na lista.  Dentro de Smile , um álbum que foi gravado há 37 anos atrás e que fora concluído apenas em junho desse ano, contém tudo o que os Beach Boys fizeram de melhor desde a obra-prima Pet Sounds , de 1966, e Wild Honey, de 1968 – coros vocais mágicos dos três membros remanescentes do grupo californiano, mas que ainda os tornam fascinantes e clássicos, como nenhuma outra banda conseguiu fazer igual. Wilson colocou tudo o que você possa imaginar em termos de quantidade. Existe aquela frase que "quantidade não é qualidade". Smile é retoricamente o oposto desta frase. Neste caso, a "quantidade

Arcade Fire, 'Funeral'

Todo tipo de conteúdo geralmente é colocado em um disco de forma reciclada, e Funeral – o primeiro trabalho desta banda canadense chamada Arcade Fire – não foi diferente. Ela alcança patamares que eu ainda não ouvi esse ano. Contém uma sonoridade diferente, que me chamou atenção pelo fato do mega-grupo usar muito teclado para engrandecer o ambiente emocional e musical. Suas letras soam completamente tocantes – Funeral fala sobre o amor, a dor, a perda, e principalmente sobre a morte – enquanto o casal líder da banda, Win Butler e Régine Chassagne colocaram uma característica muito bonita misturando os seus vocais nas faixas. O resultado foi que Funeral é uma grande estreia para esses canadenses.  Mas o que interessa aqui é que o Arcade Fire é diferente de todas as outras bandas novas que eu já ouvi e o que me impressionou foi como esses canadenses de Montreal misturam os instrumentos mais curiosos e que nunca fizeram parte do ambiente sonoro do rock & roll. O uso do ac

Avril Lavigne, 'Under My Skin'

Dois anos se passaram desde que Avril Lavigne lançou Let Go , sua estréia na música fonográfica e pasmem: a canadense está de volta, porém muito mais madura e com um álbum de rock de grande qualidade e muito mais equilibrado. Under My Skin é o seu segundo álbum e o mais coeso em termos de sonoridade e composição. Confesso que me surpreendi com o crescimento desta artista que tem apenas dezenove anos, e isso mostra como raramente temos artistas mirins que se diferenciam de um grande número de cantores engana-bobos.  Mesmo com seus dezenove anos, Lavigne pode ser excluída da lista dos artistas mirins que só fazem sucesso para uma faixa etária de adolescentes. Ela está se tornando grande, e foi o que ela sempre quis. Mas essa mudança não só ocorreu pelo seu sonho, mas pela vontade de progredir para chegar em algum lugar. "I'm With You" conquistou a todos, mas aqui temos outra faixa a altura: "Don't Tell Me". A terceira faixa do disco simplesmente tem

Avril Lavigne, 'Let Go'

Com um grande resultado nas rádios, Avril Lavigne simplesmente chamou a atenção em "Sk8er Boi": uma porrada que define toda a reviravolta de seus dezessete anos de idade. Com sua estreia em mãos, Let Go é uma amostra do talento que a cantora canadense tem para nos mostrar. Apesar de conter algumas canções grudentas genéricas, é de se admirar que Lavigne não se vendeu para a música pop com coreografias, roupas provocantes e batidas de hip-hop. Essa garota tem atitude. Dentro dos primórdios, Lavigne é uma adolescente-mulher que mostra em Let Go que tem muito para nos mostrar e provar. Tanto na porrada genérica de "Sk8er Boi", quanto na compreensiva "Complicated" e na balada mais que tocante de "I'm With You" – senão, a melhor faixa do álbum. Lavigne sabe ser doce e explosiva, e "Unwanted" é um rock de atitude, talvez a mais apetitosa do material. Tanto quanto comum é qualquer garota gravar um disco e desaparecer por não co