Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de setembro 15, 2013

A noite mais metaleira do Rock in Rio

A quarta noite do Rock in Rio foi a mais aguardada desde o final de semana de muito pop com Jota Quest, Alicia Keys e Justin Timberlake no domingo. Muito pelo contrário, as pessoas chegaram para o quarta dia – preparado para o metal – com uma nostalgia e energia nunca vista antes. Apesar de conter apenas as bandas mais pesadas deste evento, o Brasil estava esperando pela apresentação do Metallica, os caras que melhor representam o metal. Claro que, apesar das atrações brasileiras – que agitaram bastante nos dois palcos, o Sunset e o Mundo – houve uma maior energia dos shows de Ghost BC, Alice in Chains e o Metallica, claro. Às 14h40, o grupo de metal brasileiro República, com a participação especial de Dr. Sin e Roy Z balançaram o público pequeno – que no momento ainda era pequeno por ser o início do quinto dia, mas foi aumentando constantemente. Depois, foi a vez de Almah com o Hibria colocar todo seu espírito jovial de heavy metal. Foi mais de uma e meia

MGMT, 'MGMT'

Desde que seu primeiro álbum, Oracular Spectacular (2007), foi lançado, a banda formada no Brooklyn por Bem Goldwasser e Andrew VanWyngarden ganharam uma notoriedade mais que surpreendentes, fazendo os adolescentes ouvirem este rock psicodélico com uma abordagem mais próxima do art-rock. Eles simplesmente ganharam a década passada com "Time to Pretend", que inundou as rádios em 2007. Já em Congratulations (2010), a banda se firmou de vez no cenário psicodélico quando misturou os ritmos brasileiros ao seu art-rock, que foram a tropicália e o forró de raiz. Já em seu terceiro álbum – auto intitulado – o grupo busca uma sonoridade mais distorcida, principalmente em faixas como "Mystery Disease", "Your Life Is a Lie" e "A Good Sadness". Os vocais de VanWyngarden soam parecidos com coros principais ao velho estilo brit-pop dos anos 1990. Enquanto VanWyngarden canta, as sonoridades soam atrapalhadas, desorganizadas e desconcertantes, de certa f

Elvis Costello & The Roots, 'Wise Up Ghost'

Casualmente, soou bastante surpreendente ouvir a voz de Elvis Costello ecoar para fora deste R&B sonoro com hip-hop dos Roots. Muitos não conseguiriam aderir a ideia de que é preciso explorar sons novos. Por mais que fosse uma surpresa, Wise Up Ghost é marcado por altos e baixos, tanto quanto qualquer material dos Roots e do próprio Costello. Um grande exemplo é a forma como a faixa de abertura, o rap-rock "Walk Us Uptown" traz a cara dos Roots, enquanto que, logo em seguida, "Sugar Won't Work" remete a anos passados de Costello em seus grandes discos renomados, Armed Forces (1979) e Imperial Bedroom (1982). O resto das faixas caracterizam musicalmente outra grande obra prima: o soul marcante de Marvin Gaye em What's Going On , de 1971. De todas os tipos de surpresas que ouveram, Elvis Costello e os Roots certamente estão entre os que mais surpreenderam.  Por Leonardo Pereira

Elton John, 'The Diving Board'

Teoricamente, muitos diriam que Elton John não está nas pontas das noticiais musicais, mas se levarmos em conta as suas participações em discos de Eminem, o novo do Queens of the Stone Age e etcetera, isso mostra que Elton ainda está sob os holofotes. Quanto a isso, desde que The Union – um tributo de tamanho épico do próprio pianista para um ícone que o influenciou no início de sua carreira, Leon Russell (que também contribuiu) – foi lançado em 2010, a produção de T-Bone Burnett (que também produziu em The Union ) foi confirmado pelo próprio artista, deixando este novo estilo como fator principal para as músicas de The Diving Board , seu primeiro álbum solitário desde Victim of Love , de 1979. Contudo, seu trigésimo primeiro álbum de estúdio soa bastante equilibrado e consistente, mostrando que possuem canções de grande valor. Mesmo obtendo exageradamente um número mais que considerado de faixas que passam do normal para um disco de Elton John, elas se enquadram diretament

Uma noite de energia, pureza e originalidade

O segundo dia do Rock in Rio estava mais elétrico. O público comparado ao dia anterior que era destinado ao gênero pop, as guitarras tomam conta deste segundo dia. Meteoricamente, os destaques estavam cheios de vida, o que se tornou substancial para a noite que traria a abertura do Capital Inicial no palco Mundo. Mas antes do melhor, o palco Sunset teve grandes destaques, como o Autoramas contando com a participação de BNegão, colocando bastantes letras conscientizadoras. No meu ver, o público – que ainda não era dos maiores e estavam arresém chegando – estavam curtindo agradavelmente nos âmbitos musicais deste grande evento. Em torno das 16 horas, o projeto Marky Ramone + Michale Graves foi pensada inteligentemente pelo baterista lendá-rio da banda punk Ramones, que em uma hora, conseguiu tocar 32 hinos punk da banda que fundou oficialmente a música punk no meio da década de 1970. A bateria de Marky foi tão elétrica, rápida, precisa como foi nesta apresentação. Na medida que s