Esta banda tem o talento de criar discos de sons conflituosos e caóticos. El Pintor é uma Parede Sonora misturada com o rock britânico levado a sério do Arctic Monkeys, Franz Ferdinand e Muse. As suas 10 faixas soam como mega explosões prontas a entrarem em seus ouvidos. São amplificadores, teclados e órgãos apocalipticos envolvidos em músicas como "All the Rage Back Home", que abre o quinto álbum do power trio americano. Conclusivamente, existem coisas boas aqui, nas quais a guitarra é um ponto forte no conteúdo de sua música. Levando em conta as sonoridades de seus materiais lançados no passado – Turn on the Bright Lights, de 2002, e Antics, de 2004 – El Pintor continua sendo primordial por seu som original e sem imitações.
Seu som é limpo, porém é bastante barulhenta em termos de efeitos sonoros. Em "My Desire", os vocais do líder do grupo, Paul Banks, soam completamente abafados como se a canção estivesse tocando em uma rádio antiga, e assim está bem mostrado em "Anywhere", mostrando que este foi o fator que fez o Interpol alçar vôo no rock & roll americano. Porém, El Pintor é diferente dos outros discos já lançados, e contém uma peculiaridade da banda. Este álbum é especial, mostrando que o rock da atualidade está bem servido de música. Mas aqui está o verdadeiro caos: em "My Blue Supreme" – em que a banda mais se parece com o Muse do que o próprio Interpol – a banda coloca teclados totalmente caóticos e sonoridades apocalípticas em seu som, tornando assim a sua característica bem pesada e moderna. Por sinal, El Pintor é uma grande cartilha na vida do Interpol.
Por Leonardo Pereira
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