Fica bastante claro que Julian Casablancas tenta se reinventar a cada novo álbum – seja em seus projetos solo e com os Strokes, banda que o fez ficar conhecido no indie-rock atual. Mas ele não anda tendo sucesso. Para falar a verdade, Is This It, de 2001, e Angles, de 2010, foram os únicos trabalhos – ambos dos Strokes – que ficaram em grande patamar, e isso fez com que ele arriscasse tudo em diferentes estilos. Por um momento pensei que ele iria fracassar, apesar de ele ser irritante, sua música não é tão ruim assim.
Vamos admitir que Casablancas é um homem perdido completamente. Ele não sabe o que quer, e ele fez de Tyranny – seu primeiro álbum em conjunto com o The Voidz – um chute sem inteligência para ver se ele acerta. O estilo sonoro do álbum soa muito eletrônico e tenta esconder o momento ameno com alguns solos de guitarras – me lembro em apenas uma faixa, "Human Sadness". Contudo, percebo uma certa influência do Daft Punk,
principalmente com Random Access Memories, grande disco
de sucesso lançado pelos robôs franceses no ano passado.
Tyranny não
é um álbum ruim, ainda que Casablancas se esforçasse para ser um músico
competente. Com o rumo que o líder dos Strokes tomou, parece que ele não
está se importando tanto com o rock, na qual era a sua prioridade. Será um
convertido para a música eletrônica?
Por Leonardo Pereira
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