O quinto álbum de Avril Lavigne soa tão musicalmente medíocre quanto seu antecessor, Goodbye Lullaby, de 2011. Quando aquele disco começou com "What the Hell", uma baladinha sem vergonha e de refrão grudento, eu percebi a decadência da cantora canadense. Soando um pouco diferente de seu último álbum, Lavigne percebeu a grande derrocada que havia cometido após fazer de Goodbye Lullaby um disco pop, em vez de copiar a fórmula poderosa de seus três primeiros álbuns — Let Go (2002), Under My Skin (2004) e The Best Damn Thing (2007) — e decidiu abrir com algo que lembre seus tempos de ouro ("Rock 'n' Roll"). Porém, não é a mesma coisa. Mesmo a canadense tentando voltar aos seus tempos perfeitos, toda a sua instrumentação chega mais perto da música eletrônica do que para o rock. Novamente fracassando, os últimos seis anos da carreira de Avril devem ser esquecidos. A "renomada e relevante" Avril Lavigne que eu conheço é aquela que canta maduramente nas baladas roqueiras "I'm With You" e "Complicated" e na debochada "Girlfriend", um hit em que ela tentou ser o Aerosmith em níveis debochados nos anos 1970, e não esta, que tenta ser uma sombra do pop global.
Por Leonardo Pereira
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