Em uma década, o Kings of Leon simplesmente atacou a todos com seu rock de garagem, demolindo com a sua energia, mas não conseguiram encontrar sua voz como grande banda de arena de sua geração – segurando os níveis de grandeza do U2 em canções como "Use Somebody" e "Sex on Fire" em 2008. Mesmo depois de seu sexto álbum garantir uma profundidade consistente – que, em Come Around Sundown (2011) não foi totalmente compreendido – a banda americana simplesmente faz tudo acontecer aqui em Mechanical Bull, seu álbum mais centrado em anos.
Percebe-se a mudança do grupo em relação ao seu antecessor. No início daquele disco, "The End" começava aquele disco esquisito, e no decorrer de tudo, as músicas eram lentas (o que fazia que seu público achasse estranho com a sonoridade imposta por eles). Agora, é diferente: As guitarras aparecem muito mais aqui ("Rock City", que traz a versão de T. Rex voltando musicalmente ao presente). Comparando isso, não há ninguém na face da Terra que tenha se arriscado em seu hard-rock são sujo e louco tendo a influência de uma lenda do glam-rock, Marc Bolan.
Depois de passado os anos, os Kings nunca foram tão seguidores de seu ímpeto musical profundo como eles foram aqui. Mechanical Bull reforça muito a sonoridade dos primeiros discos do T. Rex nos anos 1970. Um dos exemplos é "Comeback Story", que se remete a histórias passadas, contendo uma poderosa guitarra distorcida, porém emocionalmente contundente – mesma técnica que Bolan usava em sua banda londrina.
Na verdade, o Kings of Leon não precisa se preocupar com mais nada. Por mais que ainda não tenham encontrado sua voz perfeita e sonoridade para balançar as arenas existentes no mundo, a banda está no caminho certo para, um dia, chegarem ao pico da montanha.
Por Leonardo Pereira
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