Pular para o conteúdo principal

Justin Timberlake, 'The 20/20 Experience'



Curiosamente, Justin Timberlake nunca precisou se esforçar tanto para ser um nome lembrado por todos na indústria da música. Além disso, ele apareceu diversas vezes no cinema, contribuindo notoriamente para a história hollywoodiana. Entre suas atuações, apenas uma ganhou muito destaque sendo o empresário sujo Sean Parker em A Rede Social (2010), o filme que certamente entrará para a história, sendo o longa-metragem a marcar a nossa geração. Mas a grande questão não é o cinema. Com a notoriedade de seu último disco lançado há mais de quatro anos, FutureSex/LoveSounds (2006) deixou Timberlake com poder de decidir quanto tempo possível poderia se inspirar em outros ramos que não seria só a música.

Depois de seis anos experimentando outros papéis no cinema, de repente, Timberlake anuncia que tem um novo material de inéditas, deixando seus fãs – na maioria o número de mulheres – totalmente curiosas quanto ao seu novo trabalho. Novamente, com um formato visual restaurado, The 20/20 Experience não é a mesma sonoridade – que, por sinal, é diferente de sua característica – contida em seu antecessor, mas de qualquer forma, o palavra "sucesso" existe aqui dentro deste lançamento. Devo lembrar que, em The 20/20 Experience não existe nenhum grande sucesso permanente como "Cry Me a River" ou "My Love".

Mesmo em seu formato como um entertainer, Timberlake sabe muito bem levar sua música para áreas mais diversificadas, apesar de não conter um ecletismo – como muitas pessoas que não curtem seu trabalho musical – confirmado aqui. Em "Strawberry Bubblegum", Timberlake canta femininamente, misturando os coros vocais gospel em seu rap totalmente simples, mas com toques mais eletrônicos muito semelhantes às trilhas sonoras de video games. Da mesma forma sua petulância experimental é envolvente em "Tunnel Vision", com os mesmos fatores colocados ordenadamente. "Don't Hold the Wall", assim como seus raps não muito contagiantes, sabem conduzir o seu público a comparecer musicalmente com suas novas revelações. O sentimento das suas dez faixas que compoem The 20/20 Experience são completamente arrogantes e, de certa forma, possuem um grande ego pessoal. 

Contudo, Timberlake coloca mais suingue para as suas canções. Certamente, muitos darão atenção para "Tunnel Vision" ou "Strawberry Bubblegum", e até apontar "Spaceship Coupe" como uma das candidatas para grande sucesso nas paradas de sucesso. Há o que afirmar que seu novo trabalho soa mais pop do seu álbum passado, mas muitos não concordam totalmente com esta afirmação. Considerando os ritmos eletrônicos e os coros amplamente gospel e a voz suave ao velho estilo Prince com Stevie Wonder de Timberlake, é humildemente justo revelar precisamente que The 20/20 Experience é um álbum pop, mas tão pop que, em segundos, conquistará o mundo inteiro nas pistas de danças. 

Por Leonardo Pereira

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

The Velvet Underground: Discografia Comentada

Qual foi a banda americana que mais influenciou os futuros grupos de rock britânicos? E quem foi a banda americana mais odiada em sua época e reconhecida como clássica nas décadas seguintes? É óbvio que é o Velvet Underground. Formado em 1964 por Lou Reed, John Cale, Sterling Morrison e Angus MacLise, o grupo ficou conhecido pelo seu som pessoal e visionário, nas quais, com as composições sujas de Reed falando de drogas e diversos problemas sociais, o Velvet influenciaria outros artistas de características parecidas. Em apenas cinco álbuns de estúdio, o Velvet deixou seu legado, que acabou se tornando grandioso por antecipar fatores que o punk-rock, a new-wave e as bandas britânicas dos anos 80 – como o Echo & the Bunnymen, The Jesus & Mary Chain, The Smiths e outros – passariam a adotar, tornando o Velvet Underground em um grande mito do rock & roll. O Velvet foi o grupo mais anticomercial de sua época, mas sua música se tornou em uma grande len...

Soda Stereo: Discografia Comentada

  O rock argentino – chamado de "El Rock Nacional" por lá – encontrou o seu ápice na década de 1980: problemas políticos estavam envolvidos e os artistas da época estavam insatisfeitos com a condição de seu país na economia e na Guerra das Malvinas. Para piorar, o povo estava sendo enganado pelo general Leopoldo Fortunato Galtieri, que afirmava que a Argentina havia ganho a batalha. Depois de descoberto a mentira, o povo e os músicos da época se voltaram contra Galtieri, que no final das contas, teve que renunciar e sair da Casa Rosada (sede do governo argentino). Foi a partir desse exato momento que o rock dentro da República Argentina começou a ser ouvido e venerado de tal forma que hoje é comparado a paises como Inglaterra e Estados Unidos, onde o rock sempre foi bem afirmado e considerado como arte cultural.  Nesse exato momento, quando o rock começou a reformular seu estilo e ganhar um gênero que se aproximasse da conhecida "música de protesto", e...

Queen: Discografia Comentada

Com o fim dos anos 1960 e muitas dúvidas sobre o que estaria sendo guardado para o rock & roll, os Beatles haviam lançado seu último disco, Let It Be (1970), e depois romperam para seguirem carreiras solo. O que esperar pela nova década que chegara com tudo? A Grã-Bretanha viveu um período de reformulação de sua música, e essa mudança foi radical. Gêneros como o glam-rock e o rock progressivo cresciam com intensidade na terra da Rainha, enquanto que os Stones já haviam se considerado a maior banda de rock do mundo inteiro, mas era da geração passada de grandes artistas britânicos como o Who, Beatles e etc.  Inovadores, extravagantes, gêniais, criativos e grandiosos, foi assim que o Queen conquistou o mundo, na base do otimismo. Freddie Mercury, Brian May, Roger Taylor e John Deacon lutaram contra a imprensa da música para conseguirem o que tanto sonhavam: serem famosos. No início da década de 1970, a banda ainda com uma sonoridade altamente influenciada pelo Led Zepp...