Jake Bugg é um grande garoto de 19 anos que compartilha todas as suas idéias com seus gêneros prediletos, o indie e o folk, cuja sua estreia dando seu próprio nome como título do álbum chegou ao topo das paradas do Reino Unido no ano passado, um pouco surpreendentemente, com músicas parecidas com uma lenda folk chamada The Freewheelin' Bob Dylan e The "Chirping" Crickets and a Date With the Everly Brothers. Este rapaz soa musicalmente como Mumford & Sons e com os outros artistas artisticamente artesanais de indie folk. Sob as minhas mãos, eu tenho uma pequena revelação — que tem tudo para se tornar maior.
Representante do folk clássico dos anos 1960, Bugg fez o que Adele e Amy Winehouse fizeram com o soul em seus registros. Ele tocou o espírito destes dois gêneros e estilos datados para atualidade. Em "Seen It All", Bugg canta em uma espécie de experiência, como se fosse o próprio Bob Dylan em pessoa que estivesse contando um "causo" sobre o vício em comprimidos e drogas. Pode não haver aquele certo brilho existente nos materiais de Dylan, mas a voz de Bugg soa bem em meio a estilos de microfones enferrujados dos anos 1950, trabalhados digitalmente para mantê-los em bom uso. Ao mesmo tempo, o coro musical envolvendo os outros instrumentos — tirando o violão, soa bem o equivalente ao Brit-pop, subgênero surgido nos anos 1990.
Parece que aqui, há certa nostalgia conforme vou ouvindo sua estréia. "Aqui, todo mundo tem uma faca", canta o narrador Bugg totalmente cansado de "Seen It All", que foi dito pouco antes de ter sido esfaqueado. "Rapaz, você perdeu o seu pagamento", lamenta o cantor em "Trouble Town" — a melhor prova de como um cantor quase chega perto das características de Dylan, evocando umas imagens pesadas em meio a uma cultura rockabilly. "A linha branca riscada manchada de sangue", lembra Bugg em "Ballad of Mr. Jones", um iluminado conto de assassinato. Porém, ele é muito mais observador do que criminoso, e principalmente um músico folk revolucionário de rua.
Mais que tudo, existe uma certa inquietação adolescente percorrendo todos os instrumentos, e de forma nomeada em "Lightning Bolt" e "Taste It", com seus solos explosivos de guitarra dando uma celebração de deixar o som desconhecido — o som do rock & roll recém-descoberto. Em outras ocasiões, o heroísmo é a batalha contra o tédio: Em meio a sonoridades que não são caracterizadas "audíveis", é essencial ouvir um cara como Jake Bugg, um rapaz que esbanja jovialidade e ainda o mais importante: A sua influência musical bem apresentada em sua estréia.
Por Leonardo Pereira


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