John Fogerty foi a maior voz do rock & roll americano nos anos 1960 e 1970. Seu legado musical é desenterrado novamente com esta grande contribuição de outros artistas executando seus maiores sucessos, juntamente com Fogerty, os hits que definiram a carreira do compositor e ex-líder do Creedence Clearwater Revival, que, em cinco anos de carreira, produziu grandiosos sete singles Top 5 com a banda californiana, colocando gêneros que variavam do folk para o country, sua principal especialidade.
A lista de hits de Fogerty não tem fim. Wrote a Song for Everyone é a grande testemunha da verdade e do poder que os maiores sucessos do cantor detém. Especialmente para este álbum, são 14 clássicos, a maioria da grande era Creedence, em colaborações perfeitas e dinâmicas com um elenco esperto e astuto de estrelas que representam o rock & roll da atualidade, como My Morning Jacket, Keith Urban, Foo Fighters e Bob Seger. Sua música soa totalmente interessante de ouvir, principalmente na voz de outros artistas, e faz com que o resultado final de Wrote a Song for Everyone se torne o melhor álbum de Fogerty desde o Creedence. Os tempos não pararam, e a voz de Fogerty ainda continua intacta, da mesma forma como ele cantava quando era um jovem cheio de energia e atitude.
Na colaboração do Foo Fighters em "Fortunate Son", se resume apenas em um country-rock totalmente protestante, o que vale para nosso cotidiano. Da mesma forma como Kid Rock canta em "Born on the Bayou", e a guitarra de Fogerty soa como uma explosão inesquecível de amor, capricho, espírito jovial e um grande apetite musical. Seu sotaque tão característico e reconhecido por todos, passaram rapidamente por uma épica transformação, como se George Harrison, Woody Guthrie e Bob Dylan estivessem possuídos dentro de Fogerty.
O estilo semelhante ao do Creedence também está aqui. Em "Someday Never Comes" – uma balada que foi totalmente esquecida, do último disco do Creedence, Mardi Glass, de 1972 – soa totalmente pungente, com um toque um pouco mais refinado e épicamente fantástica. Na versão de Bob Seger em "Who'll Stop the Rain", um pouco mais de suavidade é dominada por toda a faixa. Com toques de teclados ao velho estilo Al Kooper, Fogerty e Seger cantam com uma espécie de transcendência, acendendo a magia da canção de forma nunca antes ouvida pelo ouvinte.
Subjetivamente, as canções de Fogerty – apesar de serem constantemente dos anos 1970, do século passado – não soam velhas para nós do século XXI. As músicas clássicas de Fogerty contidas em Wrote a Song for Everyone são apenas uma amostra de como vivemos para entrar para a história, e a história é afirmada sem dúvidas com uma nação que ainda está para crescer.
Por Leonardo Pereira
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