Talvez a espera mais aguardada de todo o heavy-metal, uma espera de mais de vinte anos, o Black Sabbath volta com um material que define toda sua grandiosidade construída com seus discos setentistas. E isso é exatamente o que eles estão fazendo, mais uma vez, no seu novo álbum denominado 13 – uma reunião que uniu três dos quatro integrantes que compuseram aquela incrível fase, levando seu gênero para fora de suas fronteiras musicais, e influenciando um número enorme de bandas futuras e fãs no mundo inteiro – eles estão trazendo o mesmo tipo de espetáculo que os definiram nos anos 1970.
Seria errado que o Sabbath não estariam de volta por causa de dinheiro. Mas, quem se importa? Imaginar o heavy-metal sem a base deles é como ver uma vaca voando. E Osbourne não trabalhava em um álbum com a banda que ele fundou há 35 anos desde que ele foi expulso por ser um drogado alcoólico em 1978, quando Never Say Die! foi lançado, sendo o último disco de Osbourne como vocalista do Sabbath. É muito interessante avaliar que esta reunião veio na hora certa, no momento em que a sua sonoridade clássica ainda estava pronta para sair para fora de seus egos musicais e inspirações artísticas: Ver uma banda como Mastodon ou Baroness tocando a mesma coisa que o Sabbath toca aqui em 13 é um grande exemplo de mera influência no heavy-metal.
A direção de 13 foi do super fã e uma fera na produção Rick Rubin, que mostrou mais uma vez que o som do Sabbath soa inovador, mesmo que sua era gloriosa tenha se passado a mais de vinte anos. Em essência, eles não soam como uma banda de prog-rock, mas em toda sua influência, você poderá se surpreender com o conteúdo encontrado em 13 em conceitos proto-metal. A primeira faixa, "End of the Century" – que mais se parece com uma música épica – abre os primeiros oito minutos com muitas mudanças sonoras. "Zeitgeist", que pessoalmente me lembra muito com "Planet Caravan", do clássico álbum Paranoid (1970), com violões cintilantes e baterias suaves e a guitarra solada por Tony Iommi, o cara que revolucionou a guitarra no hard-rock com seus riffs sempre lembrados por qualquer um.
Ao mesmo tempo, 13 tem duas faces: Ambos podem ser cômico e monstruoso. No single promocional para este álbum, "God Is Dead?", Osbourne mistura e rima "escuridão", "desgraça" e "morte", se tornando a principal carta, com sua característica mundialmente conhecida, com cabelos pretos compridos, óculos escuros, combinando com suas vestes obscuras, como um Drácula pronto para atacar. No entanto, ele cumpre sua tarefa ao levar sua estética de volta ao grupo de Birmingham e ao álbum.
O único fator que é totalmente novo comparando o Black Sabbath com o seu novo material, é o baterista Brad Wilk, ex-Rage Againt the Machine, preenchendo uma lacuna vazia que o dono original das baquetas Bill Ward havia deixado, principalmente porque, em muitos anos de convivência com sua banda, desde seu início, seus desentendimentos culminaram com a saída definitiva do baterista clássico conhecido pelos fãs de rock, principalmente o heavy-metal. O Black Sabbath em 13 mostra que ainda entende o que tocar, para não morrer de fome, ou até para voltar a ser a maior banda de heavy-metal dos nossos tempos.
Por Leonardo Pereira


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