Pular para o conteúdo principal

Taylor Swift, 'Red'



Taylor Swift é como uma grande onda vindo para pegar você, de tal forma que fará com que você se afogue – de amor – por sua música. Tanto em todos os seus sentimentos expressados quanto pela seu motivo de viver sempre aos holofotes, Swift cativa o seu público, e até quem não é chegado em suas músicas admite que ela tem talento. Ela conseguiu fazer isso com seu antecessor, Speak Now (2010) e agora, consegue repetir com Red.
      
Red é definido por 16 canções auto-glorificantes de grande ecletismo emocional e intencional que é tangencialmente relacionado a Nashville (neste contexto, muito semelhante com Swift). A decolagem dos primeiros álbuns do U2 foram tingidas por "State of Grace" para o pop-rock qualificadamente alternativo e adolescente. Assim, Swift trouxe o U2 como grande influência de "I Knew You Were Trouble" até "The Last Time", um dueto de piano melancólico com Gary Lightbody, do Snow Patrol. O alicerce de Swift dirige para o pós country-rock – assista o videoclipe dela, "All Too Well", onde deixa cair a grande imagem de "dançar ao redor da cozinha na luz da geladeira" com seu ex-namorado.
      
A parte da diversão é assistir Swift encontrar o seu "grande pônei" como compositora. Muitas vezes, ela consegue trazer de volta a narrativa de Joni Mitchell e Carole King no relevo emocional: "Amá-lo é como tentar mudar sua mente uma vez que você já está voando através da queda livre", ela canta na faixa-título, onde os banjos tornam-se como terceiros pianos. Mas se ela é tão sentimental e sensível para uma mulher do mundo pop, Swift sabe ser uma "garota má", também. Seu grande projeto está feito, e o grande resultado é que já está abocanhando posições nas paradas; sua auto-descoberta é uma das melhores histórias dentro do pop. Quando ela está tentando inovar – e consegue –  tudo torna-se melhor para nós, transformando suas músicas como tatuagens, que não saem de nossos corpos.

Por Leonardo Pereira

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

The Velvet Underground: Discografia Comentada

Qual foi a banda americana que mais influenciou os futuros grupos de rock britânicos? E quem foi a banda americana mais odiada em sua época e reconhecida como clássica nas décadas seguintes? É óbvio que é o Velvet Underground. Formado em 1964 por Lou Reed, John Cale, Sterling Morrison e Angus MacLise, o grupo ficou conhecido pelo seu som pessoal e visionário, nas quais, com as composições sujas de Reed falando de drogas e diversos problemas sociais, o Velvet influenciaria outros artistas de características parecidas. Em apenas cinco álbuns de estúdio, o Velvet deixou seu legado, que acabou se tornando grandioso por antecipar fatores que o punk-rock, a new-wave e as bandas britânicas dos anos 80 – como o Echo & the Bunnymen, The Jesus & Mary Chain, The Smiths e outros – passariam a adotar, tornando o Velvet Underground em um grande mito do rock & roll. O Velvet foi o grupo mais anticomercial de sua época, mas sua música se tornou em uma grande len...

Jennette McCurdy: Um simples engano ou um grande talento descoberto?

Finalmente temos alguma grande estrela surgindo, pelo menos é o que eu acho. Não estou falando de Adele, ela também é brilhante, mas estou referindo-me a atriz e agora cantora, Jennette McCurdy, mais conhecida por interpretar Sam Puckett na série iCarly . Como foi bastante óbvio que isso fosse acontecer, quando o EP Not That Fade Away foi lançado previamente para ser lançado em seu primeiro álbum de estúdio – com nome de The Story of My Life e sem prévia para o seu lançamento – a crítica de grandes nomes como a Rolling Stone, a Allmusic e o resto das fontes importantes de música rejeitaram seu EP. Foi um grande erro. Mas é incrível a forma como Jennete (uma adolescente de 19 anos com um enorme talento) resolve nos surpreender com seus pensamentos e sentimentos sobre a vida e o que ela guarda para sua carreira. Primeiramente, o que mais surpreendeu foi seu estilo. Hoje em dia, em meio às luzes pop-eletrônicas, as garotas querem tornar-se grandes cantoras solo fazendo mús...

Interpol, 'El Pintor'

Esta banda tem o talento de criar discos de sons conflituosos e caóticos. El Pintor é uma Parede Sonora misturada com o rock britânico levado a sério do Arctic Monkeys, Franz Ferdinand e Muse. As suas 10 faixas soam como mega explosões prontas a entrarem em seus ouvidos. São amplificadores, teclados e órgãos apocalipticos envolvidos em músicas como "All the Rage Back Home", que abre o quinto álbum do power trio americano. Conclusivamente, existem coisas boas aqui, nas quais a guitarra é um ponto forte no conteúdo de sua música. Levando em conta as sonoridades de seus materiais lançados no passado – Turn on the Bright Lights , de 2002, e Antics , de 2004 – El Pintor continua sendo primordial por seu som original e sem imitações. Seu som é limpo, porém é bastante barulhenta em termos de efeitos sonoros. Em "My Desire", os vocais do líder do grupo, Paul Banks, soam completamente abafados como se a canção estivesse tocando em uma rádio antiga, e assim está bem m...