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'RRR' marca a ascensão do cinema indiano — e é o melhor blockbuster do ano



Por Leonardo Pereira

O filme de S.S. Rajamouli é uma grande surpresa. RRR é um longa-metragem indiano lançado na Netflix. No Brasil, a plataforma deu um segundo título ao filme: Revolta, Rebelião, Revolução. O motivo pelo tamanho alvoroço é que RRR está alcançando grande bilheteria no Ocidente, o que é incomum para a nossa civilização e para Tollywood (a indústria de filmes indianos de língua telugu). 

A história anticolonialista sobre opressão que o Império Britânico impôs ao povo indiano é impactante, e a missão de Komaram Bheem (N.T. Rama Rao Jr) é resgatar sua irmã caçula das mãos do governador da Índia, Scott Buxton (Ray Stevenson), e sua sádica esposa Catherine (Alison Doody) é árdua. Mas com a ajuda de seu amigo, o líder revolucionário Allu Sitarama Raju (Ram Charan), a força por décadas de crimes contra seu povo serão vingados. 

Com a ascensão de filmes abordando a cultura indiana, como Quem Quer Ser um Milionário (2008), RRR: Revolta, Rebelião, Revolução está colocando Tollywood em ascensão no mundo. O filme de Rajamouli, cujo tema é desafiador para os nossos tempos é culturalmente rico e inspirador em termos de verdade. É o melhor e mais revolucionário blockbuster do ano. 

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