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O renascimento de Taylor Swift

Surgida como uma revelação do country-pop, Swift se tornou em uma verdadeira artista

Taylor Swift sabe muito bem no que se transformou na música pop. Toda a sua inspiração têm sido perfeitamente colocada e aperfeiçoada de acordo com os seus trabalhos lançados anteriormente. De uma garota simples que cresceu em Reading, Pensilvânia, até a transformação musical no maior do radicalismo e inovação musical, esta grande cantora têm crescido de forma gigantesca, e em seu novo trabalho – denominado 1989 – se tornou impactante, além de mostrar que em todo disco, Swift consegue produzir canções melhores. Na música pop, poucas artistas tem essa honra, sorte, competência e genialidade para transmitir em seus contos sobre romance em músicas equilibradas e álbuns totalmente aclamados, tanto para o público quanto para a imprensa da indústria musical.


Em sua estréia, Swift veio como uma moça juvenil e cantava músicas sem graça, mas a contradição disso tudo era que ao mesmo tempo da existência dessas contrariedades ruins na música dela, existia algo de bom nela: A sua perseverança pela mudança, pelo progresso de seu estilo, de sua estética e de seus temas para compor novos sucessos. Fearless, lançado em 2008, mostrou rapidamente a mudança da cantora, que continuava produzindo os seus country-rocks baseados em suas experiências amorosas mal sucedidas, mas trazia certo equilíbrio dentro do disco. Swift teve e tem correspondido as expectativas dos fãs com muita dedicação e trabalho sério. Dessa maneira, a sua grande paixão country-pop foi se tornando cada vez mais ousado, tendo a iluminada idéia de misturar o country-pop com o próprio som pop de Lady Gaga e etc. Speak Now, de 2010, já mostrava esta versão nova com muitas provas sinceras e fiéis ao gênero. Sim, era pop e era country, uma maneira bem equilibrada de se fazer música e subir nas paradas americanas.


Em 2010, na minha resenha, afirmei positivamente "Swift dá um passo para a vida adulta com Speak Now". E nunca estive tão certo, vendo tudo se cumprir depois de mais de três anos de ter resenhado este trabalho, Swift deixou de ser aquela garotinha magoada com as paixonites sem importância, e começoua agir e escrever como uma mulher verdadeiramente madura. Em Red, de 2012 – um dos mais pessoais, divertidos e baladeiros da cantora – mostrou muito bem novamente a mudança de Swift, que começou a entrar para a lista dos artistas mais rentáveis na atualidade, assim como grandes gigantes, monstros como Gaga e Beyonce, e além disso, começou a vender mais discos do que qualquer outra artista dentro dos Estados Unidos. Depois da América, foi a Europa e em seguida, a América Latina. Seu nome se alastrando para todos os lugares, todos os lados, para arenas de grande porte, teatros populares, rádios mundiais e paradas de sucesso no mundo inteiro.


Por mais que Red seja mais amadurecido que Speak Now, "We Are Never Ever Getting Back Together" foi o primeiro single que promoveu o álbum lançado em 2012 – espécie de um deboche falando de namorados e ex-namorados – e curiosamente, essa fórmula de debochar de seus antigos fracassos amorosos tem funcionado bastante para o público dentro do âmbito do cenário importante da música pop, porém canções como "I Knew You Were Trouble", "State of Grace" e a faixa-título mostram a verdadeira força de Swift nos espetáculos que se transformaram em potentes shows de arenas.


Com 1989 – seu disco mais coeso de toda a sua carreira até aqui – Swift fez do fim de 2014 como a maior surpresa de fim de ano, transformando 2015 em um ano que tem de tudo para ser dela, com a turnê The 1989 World Tour, passando pelo Japão, incluindo Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Inglaterra e outros países da Europa. Indiscutivelmente, Swift tem tudo para fazer desta nova turnê uma das melhores do ano. The 1989 World Tour vai começar no mesmo período que outra grande turnê mundial: A grande e épica Innocence + Experience Tour – que começará em maio, no Canadá, e se arrastará pelo mundo inteiro – que vai promover Songs of Innocence, o álbum do ano eleito pelo Viagem Musical em dezembro de 2014. Swift está no mesmo patamar do U2, quando no começo dos anos 80, se deu bem com a sua estréia Boy, de 1980, e a marchante War, de 1983, lançando-os para o mainstream. A mesma coisa é com Swift: Com Speak Now, foi o pontapé inicial para alçar Swift para o mainstream; em Red, seu sucesso garantiu a permanência dela no seleto grupo, e com 1989, Taylor se consolidou de vez no topo, assumindo definitivamente o Top 10 da Billboard 200.


Mas Swift é esperta, principalmente agora em que seu auge criativo na música. o novo trabalho da cantora têm ultrapassado recordes na Billboard: Em sua estréia, 1989 se tornou o disco mais vendido do ano passado, mesmo tendo sido lançado oficialmente no fim de 2014. Ainda por cima, quando entrou nas paradas de sucesso, o álbum estreou triunfantemente na Billboard, logo em primeiro lugar nas paradas. Nas vendagens de discos, o álbum já ultrapassou a marca de 1,2 milhão de cópias vendidas desde que foi lançado. Os dados são da Nielsen SoundScan, que acompanha os números do mercado da música pop. Revendo todos esses acontecimentos, obviamente dá para concluir que 1989 é o primeiro álbum "oficialmente pop" de Taylor Swift, em que a exímia cantora deixou o country-pop para uma vida adulta completa de amadurecimento mergulhado no pop. Não soou exagerado como o temor que seu público tinha.

Mesmo assim, a música de Taylor Swift está em crescimento a todo o momento. Sem folga, sem descanso e com um pingo de meiguice, sinceridade e composições de primeira mão, Swift se reinventa, trazendo a sua imagem cada vez melhor, se tornando irresistível no melhor momento de sua carreira até agora.

Por Leonardo Pereira

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