Beyoncé simplesmente é uma artista que cativa a todos com sua sensualidade, todos já perceberam em sua passagem pelo Rock in Rio, realizado no ano passado. Mas em seus 15 anos de estrada, Beyoncé surpreendeu novamente. Seu novo álbum, intitulado com o nome da cantora, foi vendido aos 45 minutos do segundo tempo no iTunes, sem qualquer aviso ou uso de publicidade. A diva inovou e mais uma vez esse material aqui descreve o fruto de vida da cantora americana e tudo o que a diva já havia aprendido em sua vida de artista globalmente popular.
Contudo, o conteúdo sonoro do álbum é melhor que o seu antecessor, o romântico e sensual 4, lançado em 2011. Em seu álbum passado, Beyoncé explorou mais as tristezas e incertezas do amor ("1+1"), explorou muito mais a sensualidade em questão ("Run the World") e buscou a certeza do casório para levar uma vida de amor com seu parceiro para sempre ("Best Thing I Never Had"). Não está muito diferente desta antiga perspectiva, mas aqui, Beyoncé soa muito mais provocante. Imagina ela cantando uma faixa chamada "Blow", que invoca a poderosa Janet Jackson em seu momento aura e, pasmem, conta uma história de amor envolvendo o sexo oral como questão.
Esse fato corajoso relembra em tempos, como os anos 1980: Nas gravações da trilha sonora Purple Rain, obra-prima de Prince, o próprio escreveu "Darling Nikki", uma canção sensurada na época por conter uma história de um garoto que se masturba olhando uma revista para maiores. Comparando com esse detalhe antigo, Beyoncé foi muito mais fundo no que pode ser dito de "canção sensurada", mas em nossos tempos, é difícil que "Blow" seja possivelmente sensurada.
Voltando ao presente, Beyoncé está muito mais provocante, desinibida e charmosa em seus detalhes sonoros. Mas há uma coisa que as fãs de Beyoncé sempre querem que a cantora tenha em um álbum: Aquelas baladas que transmitem uma mensagem positiva e sincera, como vimos muitas vezes em diversas passagens no disco. Porém, o que me manteve mais ligado e atencioso foi nas faixas que abordam muito mais os temas de sexo. Estes sim, são os pontos mais fortes da cantora aqui.
Há momentos inesquecíveis, como a participação de seu marido, Jay Z, relembrando aquela participação no início da década de 2000 com "Crazy in Love". A faixa em questão é "Drunk in Love", um grande dueto com um dos maiores rappers de nossa atualidade. Certamente, esta canção sairá em single e fará muito sucesso. O resto, deixa acontecer. A grande questão é que Beyoncé nunca esteve tão sintonizada, como na faixa "Ghost", na qual a cantora reclama cantando que está totalmente aborrecida com a rotina difícil de estrela pop. Esta é mais uma das músicas de desabafo que Beyoncé tem no disco.
Nada desse álbum teria sido feito com sucesso se não fosse por Beyoncé. Depois de algum tempo sem lançar nada, nem sequer uma notícia de um novo material, Beyoncé inovou na forma de lançar um disco, pegando todos nós de surpresa, e disponibilizando à venda aos 45 minutos do segundo tempo, praticamente no final do jogo. A grande questão é que a diva pop venceu no finalzinho do jogo, e quanto às canções do disco? Deixa rolar.
Por Leonardo Pereira
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E o melhor ainda está por vir: os shows ao vivo da DivaB. Não querendo desmerecer os outros cantores da atualidade, mas, se falando em apresentações, a Beyoncé supera qualquer um. Além de cantar e dançar incrivelmente bem, os shows são tão bem produzidos e a voz da cantora ao vivo é tão potente que o próprio CD chega a se tornar inferior que as apresentações. São poucos os artistas pop's que conseguem isso atualmente, como Bruno Mars e Lady Gaga.
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