O novo material do rapper Eminem é uma continuação do aclamado álbum de 2000, The Marshall Mathers LP, seu segundo disco que alçou vôo depressa e o classificou como um dos grandes destaques da década passada. Porém, sua força se manteve estagnada nos álbuns que sucederiam através dos anos, como The Eminem Show, de 2002, e Encore, de 2003. Depois de muitos problemas conjugais e com forte dependência de drogas, Eminem quer se esquecer da década ruim que sua vida pessoal se tornou, mas ainda quer continuar a fazer um rap ideal como fez nos anos 2000. Digamos que The Marshall Mathers LP 2 é uma prova perfeita para virar em uma aposta. Como sempre, com letras divertidas e um pouco psicopatas para o gênero — o que é aceitável pois é um dos fatores mais significativos do rapper americano —, The Marshall Mathers LP 2 começa com "Bad Guy", um épico de sete minutos que mistura a insanidade psico-rap em que o irmão caçula de Stan volta para acabar com Slim Shady, colocando-o no porta-malas (sim, são os personagens de The Marshall Mathers LP). Tudo se trata de um grande golpe de publicidade, e era exatamente o que eu esperava. O disco não é depressivo como os outros. Tem nostalgia por toda a parte, e contém mais influências clássicas do gênero, como os Beastie Boys em "Berzek". Basicamente, Eminem continua no páreo pela grande reconquista.
Por Leonardo Pereira
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