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Os 10 Melhores Álbuns dos Rolling Stones



1. 'Exile on Main Street' (1972)
Dada a amplitude absoluta do álbum dúplo dos Stones de 1972 que foi amado pela crítica e que permaneceu beijando este clássico ao longo dos anos, a aparência e o topo de Exile on Main Street veio como uma grande surpresa. O que pode ser mais surpreendente para alguns é o fato de que o álbum, após o seu breve lançamento, não foi especialmente recebido. Mas, com 40 anos de retrospectiva, é claro que este foi, e continua sendo, uma parte ridiculamente abundante de trabalho. Desde os sucessos "Tumbling Dice" e "Happy" à programação implacável das faixas no álbum – "Rip This Joint", "Shake Your Hips", "Sweet Virginia", "All Down the Line" – você literalmente ouvirá algo de outro mundo. 

2. 'Let It Bleed' (1969)
Entalado entre Beggars Banquet e Sticky Fingers, em dezembro de 1969, Let It Bleed trouxe os Rolling Stones para o que muitos consideram de sua apoteose criativa. Ele abre com "Gimme Shelter", termina com "You Can't Always Get What You Want" e faz uma pausa no meio para a ameaça de parar o tempo em "Midnight Rambler". Os anos '60 foram definitivamente mortos, pois não é coincidência que a tragédia de Altamount ocorreu um dia após este álbum ser lançado. Angustiante, não?

3. 'Sticky Fingers' (1971)
Sticky Fingers, de 1971, produziu dois grandes sucessos da banda, "Wild Horses" e "Brown Sugar". Melhor ainda, ele possui uma safra de clássicos dos Stones que não eram muito bons para as rádios, incluíndo "Stay", "Sister Morphine", e o country "Dead Flowers", e a inseparável faixa de sete minutos "Can't You Hear Me Knocking". E quanto a capa clássica do "ziper" de Andy Warhol? Ela é perfeita para ser a capa de um álbum dos Rolling Stones, principalmente na época mais suja e viciante da banda. 

4. 'Beggars Banquet' (1968)
Depois do excesso de assistência de Their Satanic Majesties Request, Beggars Banquet marcou um retorno à imagem original da banda decadente, e as canções – "Street Fighting Man", "Blues Stray Cat", "Factory Girl" – cairam bem na linha. O mais impressionante, é claro, era o momento épico "Sympathy for the Devil", que define o ar obscuro de um mistério que tem vindo a definir a história da banda.

5. 'Some Girls' (1978)
Apesar de ter sido gravado em Paris e incluiu um par de clássicos ("Far Away Eyes" de Jagger; "Before They Make Me Run" de Richards), Some Girls, de 1978, foi um álbum de Nova York por completo. Enquanto Bronx estava queimando, Jagger estava com a abstinência "subindo, subindo, subindo, subindo!" como se as suas próprias calças estivessem pegando fogo. E dane-se se eles não conseguem superar os opostos aparentemente intransponíveis de discoteca da cidade ("Miss You") e a cena punk ("Some Girls") nesse passeio inspirado.

6. 'Tattoo You' (1981)
Um trabalho de remendo improvisado a partir de idéias musicais desenvolvidos bem antes do lançamento de 1981 (em alguns casos, anos), Tattoo You não tinha nenhum objetivo de alcançar o tipo de sucesso que teve (Número 1 na Billboard no ano). No entanto, as músicas foram fantásticas: "Hang Fire", "Slave", o punk "Neighbours". E, que segunda parte! Cinco baladas lindas soul, incluindo "Worried About You", "Tops" e "Waiting on a Friend", que até hoje realmente pode criar um clima. É tudo mais do que o suficiente para perdoar a presença comercial da banda, "Start Me Up".

7. 'Aftermath' (1966)
Este lançamento de 1966, o sexto da banda na América, praticamente marcou o fim de seu trabalho com regravações de blues e R&B. Abrindo em alta dose, "Paint It Black", o álbum também apresenta a peça perfeita do hall britânico "Lady Jane" e da música pop quase perfeito de "Under My Thumb", para não mencionar o perversamente divertido "Stupid Girl" e do pisão violento de "High and Dry".

8. 'Goats Head Soup' (1973)
O ponto de início para o exílio alastrou Exile on Main Street e foi obrigado a sofrer algum atraso criativo. No entanto, Goats Head Soup, de 1973, gravado na maior parte em Kingston, Jamaica, contém alguns dos melhores momentos da banda, incluíndo "Angie" e a indiganção desmedida de "Doo Doo Doo Doo (Heartbreaker)", um conto sombrio mas musicalmente emocionante da vida e da morte nas ruas de Nova York. 

9. 'Black and Blue' (1975)
Lançado em 1976, no auge da febre disco, o 15º álbum dos Stones encontrou a banda cavando de forma produnda o soul ("Fool to Cry") e o funk ("Hot Stuff"). O álbum também apresenta o destaque, a balada de sete minutos de Jagger/Richards, "Memory Hotel". Foi o primeiro álbum dos Stones com Ron Wood na guitarra, depois de ele substituir Mick Taylor; a banda também se baseou fortemente nas contribuições de convidados do tecladista Billy Preston.

10. 'Their Satanic Majesties Request' (1967)
Gravado no auge dos nebulosos anos '60, este candidato a resposta para os Beatles, Sgt. Pepper, nunca foi um grande favorito entre os Stones. Por um lado, continua a ser um álbum dos Stones só produzido pela banda – um erro, eles afirmaram. O excesso de tempo e drogas é provado, mas que alguns de vocês possam gostar do disco, que possui um par de clássicos psicodélicos certificáveis em "2000 Light Years From Home" e "She's a Rainbow".

Por Leonardo Pereira


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