Enquanto o sol continuar se expondo todos os dias de nossas vidas, sempre teremos algo com que se impressionar. Mas quase sempre, é totalmente raro sentir um certo impressionismo. Parece que realmente precisávamos que a rainha do pop voltasse novamente, e com um disco que é considerado o mais explícito de toda a sua carreira. Depois do altamente significante rap-pop e altamente provocante Hard Candy, de 2008, Madonna volta com as baterias recarregadas.
E dá para perceber a certa mudança no som da cantora. Primeiramente, batidas eletrônicas renasceram aqui em MDNA, e tanto quanto suas letras, a base de composição da cantora transforma-se em uma potente e poderosa máquina pop de letras anti-conjugais. "Se eu quiser ver aquela cadela do inferno/Eu verei ela morrer", Madonna despacha toda sua raiva de uma vez por todas em "Gang Bang", segunda faixa do disco. A faixa é altamente fria e calculista, que dá um banho de água fria em qualquer marmanjo adolescente.
Sobre a base que sustenta toda a temática explícita de MDNA, foi ressucitada pelo álbum Erotica, de 1992, justamente o álbum mais polêmico, na qual a cantora, no auge de sua carreira e popularidade, citou como uma temática principal na época, o sexo. Mas aqui, principalmente aqui em todo o álbum, fizemos algumas perguntas se realmente é um disco explícito. Aqui também fala sobre separação. Como algo pode ser decidido, ou uma coisa ou outra! Não, errado. Com Madonna, ela pode usar os dois termos.
Mas muito mais que isso, Madonna nos dá uma impressão de uma pessoa que está cantando para desabafar sobre algo. E é exatamente isso o que acontece aqui. Parece que, com seus divórcios e fracassos no amor, a cantora quer mudar todo esse ciclo continuando com sua vida, mas não pense que ela continuará sem uma pessoa ao seu lado. Da mesma forma que tudo isso está na maioria das faixas, "Give Me All Your Luvin'" é uma canção pop-dance tocada na medida, enquanto Nicki Minaj coloca sua voz chata, ao mesmo tempo, estragando todo o esforço que M.I.A. desempenhou agradavelmente, junto com Madonna, fazendo da canção uma completa anulidade musical.
Mas não interessa, as músicas de Madonna sempre estarão na medida, seja nas pistas de dança, ou seja para dançar à dois. Assim como a maioria dos seus discos, MDNA é a forma mais dançante, romântica, explícita e Madonna de ser na década de 2010, não interessa o que os outros achem de seu conteúdo.
Por Leonardo Pereira
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