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Leonard Cohen, 'Old Ideas'



Tudo se resume em apenas um fator: blues. Talvez tudo o que eu tinha ouvido dentro desse contexto esteja ainda hoje relevante para todos os ouvidos. Assim como os anos foram se passando, Leonard Cohen ganhou fama de cara romântico, escrevendo músicas se baseavam-se em simplesmente o amor, a idade, e algumas vezes, Cohen colocava pitadas de emoção. A sonoridade deste que é o melhor álbum em alguns anos, demonstra em sons tão claros e calmos, acompanhados por vocais que mais se estão discursando do que cantando. O que também aparece são os teclados, mas elas são misteriosas.

As primeiras amostras são dedicadas à Deus, que em uma breve conversa com Cohen, mostra ao músico uma nova fase de sua vida. Ao longo de sua vida, Cohen passou os anos 1960 escrevendo músicas de amor e foi bem recopensado. O único problema foi que o tempo de Cohen passou, e deixou-o um pouco esquecido no cenário pop musical.

Mas mesmo assim, depois de algum tempo, Old Ideas soa algo muito mais autoparcial do que algo que não seja considerado importante. "Going Home" é um resumo do início da carreira de Cohen, quando ele começou em 1967 a entrar para o cenário musical. "Amen" parece ser um blues bastante estranho. O que Cohen diz é que esse blues é europeu e não americano propriamente dito. Deu para perceber a estranheza de seu som com as bases bluesísticas musicais, mas Cohen fez para si, a marca do blues ficar totalmente aperfeiçoada a sua imagem e criatividade grandiosa como grande compositor.

Os títulos das músicas contam a história: "Going Home", "Amen", "Darkness", "Crazy to Love You" e "Come Healing". Sua base profunda é taxada por fragilidades de sua sabedoria que vieram através da idade, tendo como sentimento, a raiva e o perdão em momentos bons e difíceis. Mas para Cohen, o pior já passou, e ele passou novamente para a atualidade com um mestre de jogos grandioso, que narra com vigor, o álto blues influenciado por outros mestres, na qual me lembra muito com a sonoridade de Tom Waits, cujo foi influenciado pelo próprio Cohen. Sobre o disco, Cohen volta com seu melhor álbum em muitos anos. Cabe a você, dizer se é ou não é bom.



Por Leonardo Pereira

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