Concerteza, Lightning Bolt é o álbum que o Pearl Jam não havia conseguido realizar nos anos 2000, e que só agora, concebiu realizar. Com canções fortemente comparadas ao seu tempo de ouro na década de 1990, a banda liderada por Eddie Vedder simplesmente arregassou as mangas e fez de seu décimo disco uma grande exceção que os seus materiais passados marcaram como um grupo que definitivamente tentou destruir sua própria fama na última década.
Acho que seria bastante apropriado dizer isso, mas o Pearl Jam se tornou em seus próprios heróis. Há qualquer tipo de exagero, tanto nas guitarras — que é e sempre foi uma das características poderosas da banda — como no geral. Aqui, a banda tem mais vida, mais motivo para aparecer, e de forma bem convincente. Por exemplo, em "Getaway", Vedder canta sob um riff forte de guitarra e uma bateria que conduz a energia que a banda de Seattle se motivou a mostrar.
Mas as primeiras aparições de sofisticalismo permeiam em Lightning Bolt. Por mais que o rock totalmente sujo e energicamente embalada e pesada do primeiro single desse novo álbum, "Mind Your Manners", coloque na espinha dorsal do disco um fator de extrema importância, o punk-rock se mistura com o grunge trazido pela banda e sua grande rival nos anos 1990, o Nirvana. Porém, o punk-rock que está aqui soa como um rock clássico. Na mesma faixa, Vedder canta como se estivesse mergulhando dentro de seu inconsciente extremamente religioso.
Em "Sirens", para mim a melhor música do álbum, Vedder coloca uma certa sutileza na canção, algo raramente ouvida em um disco do Pearl Jam. Chega a ser um mistério como o Pearl Jam coloca esta mesma sutileza sem soar audivelmente brega. Porém, o que a banda sempre deixa claro é que a atitude muitas vezes deve prevalecer. Lightning Bolt é um disco corajoso, que acabou de chegar para nos desafiar. Na verdade, eu quero ver até onde vai este disco.
Por Leonardo Pereira
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