Dezessete anos depois da morte do guitarrista do Nirvana Kurt Cobain, o fim estilhaçando da banda interior de Grohl continua a assombrar o punk pesado que ele continua fazendo como vocalista e guitarrista do Foo Fighters. Grohl canta em Wasting Light sobre o longo pesadelo que o tem atormentado até os dias atuais, e ele plenteia no novo trabalho através da chuva de guitarra de "Arlandria", soando como um cara que sabe que nunca haverá amplificadores e distorções suficiente no mundo para abafar os porquês sem resposta em sua cabeça.
Tudo tem um lado bom: o novo trabalho em Wasting Light é o melhor já realizada desde a sua estréia de Foo Fighters, de 1995, e o seguimento de The Colour and the Shape, de 1997. Grohl, o baixista Nate Mendel, o baterista Taylor Hawkins e os guitarristas Chris Shiflett e Pat Smear tocam como marionetes comandados por verdadeiras divindades musicais. Tudo soa agressivo e Wasting Light é um dos álbuns mais misteriosos e um dos melhores discos deste ano. Com tudo o que ouvi nas faixas que compõem todo o trabalho novo do grupo, ouço uma volta às raízes ao estilo Nirvana. Se Kurt Cobain estivesse vivo, ele ficaria muito orgulhoso do ótimo resultado.
Em "Bridge Burning", as guitarras soam como verdadeiros sinais sonoros do apocalipse misturados com o estilo audível dos rádios de antigamente. Grohl e Hawkins tem uma grande química e eles conseguem fazer o impossível, construindo sons que apenas bandas talentosas e geniosas são capazes de criar. Mas eles conseguem trazer mensagens importantes que a sociedade precisa ouvir, principalmente os jovens que curtem o rock. "Rope" é a prova em pessoa do que a banda está preparada para determinar.
Como tudo é questão de tempo, o Foo Fighters teve o período de vacas magras e tempos de desconfiança por parte de todas as fontes da imprensa da música. Esses tempos passaram, e agora Wasting Light é a prova da reviravolta da banda em sua jornada na longa estrada do rock e da fama. É o momento do Foo Fighters, na qual Grohl e Hawkins estão orgulhosos pelo resultado.
Por Leonardo Pereira
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